A Câmara de Viamão entregou uma moção de parabenização e aplausos aos Guardiões da Chama Crioula, nesta terça-feira (22). A iniciativa foi do vereador Maninho Fauri – PSD. Os 25 guardiões foram os representantes de Viamão na cidade de Mostardas, durante o acendimento da Chama Crioula, que aconteceu no último final de semana.
Foram 184 quilômetros percorridos de Viamão até Mostardas, e no retorno aconteceu uma solenidade no CTG Garrão de Potro, local que manterá a chama acessa. Segundo o coordenador dos guardiões, Anderson Portela Fernandes, a história se mantém viva há 18 anos em Viamão. “A chama que a gente traz é da nossa cidade”. Anualmente, o grupo se reúne e mantém a chama viva sempre em algum CTG da cidade.
A homenagem foi entregue a Anderson Portela Fernandes, Ana Sara Pinheiro e Grupo de Guardiões da Chama. “Os guardiões da Chama Crioula são responsáveis por manter intacto o fogo que os tradicionalistas consideram a “alma” do Acampamento Farroupilha”, destacou o vereador Maninho Fauri.
HISTÓRIA – Um dos símbolos das tradições gaúchas, possui diversos significados, onde o fogo remete ao calor, paixão, hospitalidade e coragem, a Chama Crioula foi acesa pela primeira vez em 7 de setembro de 1847.
Naquele ano, a Liga de Defesa Nacional, presidida pelo Major Darci Vignoli, incluiu na programação da Semana da Pátria o translado dos restos mortais do General Farroupilha David Canabarro, de Santana do Livramento para Porto Alegre. Surgiu então a ideia da formação de um piquete de gaúchos para montar guarda à urna mortuária.
Sob a liderança de Paixão Cortes, foi formado o Piquete da Tradição, também conhecido como Grupo dos Oito, integrado por Antonio João de Sá Siqueira, Fernando Machado Vieira, João Machado Vieira, Cilso Araújo Campos, Ciro Dias da Costa, Orlando Jorge Degrazzia, Cyro Dutra Ferreira e João Carlos Paixão Cortes.
Próximo da meia-noite do dia 7 de setembro de 1947, chegando o momento da extinção do Fogo Simbólico da Pátria, Paixão Côrtes retirou uma centelha e acendeu aquela que seria a primeira Chama Crioula. O acendimento da chama crioula se transformou em um grande evento a partir de 2001, em Guaíba, em frente a casa do revolucionário Gomes Jardim.