O secretário da Saúde de Viamão, Glazileu Aragonês, participou da sessão desta terça-feira (19), na Câmara Municipal de Viamão – CMV, para prestar esclarecimentos a respeito das ações que estão sendo realizadas pelo município no enfrentamento à pandemia pelo novo coronavírus (COVID-19), questionadas pelos parlamentares. Além do secretário, também estiveram presentes a secretária de Saúde adjunta Thais Schadeck, o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Clayton Ferreira, e o secretário da Fazenda, Cristiano Bernardes. A convocação do secretário da Saúde da cidade foi requerida pelo vereador André Gutierres – Progressistas e aprovada pela Câmara.

COMBATE AO CORONAVÍRUS – De acordo com o secretário Aragonês, atualmente Viamão contabiliza 36 casos confirmados de COVID-19. Conforme a prestação de contas do secretário, a pasta já recebeu mais de R$ 1,8 milhão do incentivo supracitado no Fundo Municipal de Saúde de Viamão para implementação em ações de combate ao coronavírus, além de R$ 100 mil provenientes de recursos estaduais de emenda parlamentar, para aplicação em custeio.

“A partir de um plano de contingência, desdobrado em plano de ação, estabelecemos ações para que possamos atender a população viamonense de forma adequada. O Fundo Municipal de março e abril está sendo utilizado para a aquisição de insumos, em que se inserem os Equipamentos de Proteção Individual – EPI, além da contratação de serviços de limpeza e pulverização”, diz Aragonês.

O secretário esclarece, também, que há 1500 testes disponíveis na cidade para COVID-19, 15 mil vacinas para a gripe e 15 leitos de Unidade de Terapia Intensiva = UTI no Hospital de Viamão. “Nos próximos dias, o Hospital de Viamão deverá receber mais dez leitos e isto nos dará uma maior segurança e capacidade de enfrentamento ao problema. Acreditamos que 70% da população terá infecção pelo novo coronavírus e precisamos evitar um colapso de nosso sistema de saúde”, fala.

 “Hoje em dia, há 312 funcionários da Secretaria de Saúde e um contingente total de 872 pessoas que prestam serviços à pasta. Esperamos que, em médio ou longo prazo, possamos ter um corpo funcional de Viamão, com terceirizadas somente para serviços de apoio.”, pondera o secretário de Saúde.

Glazileu Aragonês expôs que a cidade tem hoje 18 Unidades Básicas de Saúde – UBS, três Unidades de Saúde Indígenas, um Centro de Especialidades, uma Unidade de Pronto Atendimento – UPA 24h, quatro Centros de Atendimento Psicossocial, além de uma frota de 63 veículos e cinco Unidades Móveis. Complementarmente, o secretário também citou as obras da Saúde em andamento no município e disse que A UBS Ruth Cardoso (Universal) e o CAPS devem ser entregues em agosto deste ano e a UBS Estalagem é uma obra já concluída.

Conforme o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde, Clayton Ferreira, um trabalho de dedetização está sendo realizado em vários pontos do município, em Unidades Básicas de Saúde, Praças do Centro e Santa Isabel, UPA e Hospital. Além disso, o diretor diz que ainda serão realizadas pulverizações em paradas de ônibus, calçadas com grande circulação de pessoas e outras localidades estabelecidas de acordo com a necessidade.

Em relação à possibilidade de instalação de um hospital de campanha, o diretor Clayton explica que, se houver necessidade, provavelmente a construção se dará ao lado da Secretaria da Saúde, onde já houve o funcionamento de um Pronto Atendimento, possibilitando condições mais adequadas para uma possível implantação de hospital de campanha, conforme o avanço dos casos de COVID-19 na cidade.

DENGUE EM VIAMÃO – O diretor da Vigilância Sanitária de Viamão, Clayton Ferreira também prestou esclarecimentos a respeito dos trabalhos desenvolvidos, principalmente em relação às ações de combate à dengue. “A dengue chegou inicialmente pelo bairro Santa Cecília e na São Tomé, depois se alastrando na vila Elza, onde há maior número de casos. Há mais de 100 focos de transmissão, em que a administração pública está empenhada na limpeza e eliminação desses focos de mosquitos. Temos um sério trabalho de orientação e atendimento à comunidade”, expõe o diretor Clayton.

Além disso, o diretor da Vigilância em Saúde elucida que há a realização de dedetização acompanhada pelo Estado, que, segundo Clayton Ferreira, cogitou a interdição do bairro, o que acabou não sendo necessário em virtude do trabalho desenvolvido pela Vigilância. “Seguiremos nesse caminho, atendendo as demandas da sociedade e protegendo a saúde das pessoas”, conclui Clayton Ferreira.