O Dia Mundial da Alfabetização foi celebrado no domingo, 8 de setembro, tendo sido criado em 1967 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para enfatizar a importância da alfabetização para o desenvolvimento social e econômico mundial, além de ser fundamental para a garantia de direitos e cidadania. O acesso à educação, que inclui a alfabetização, é um dos direitos garantidos tanto em âmbito internacional, por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, quanto nas legislações nacionais, como a Constituição Federal de 1988. Porém, a alfabetização ainda não é uma realidade na totalidade do país.

O Ministério da Educação ressalta que alfabetizar as crianças significa combater os índices de abandono e evasão, bem como oferecer mecanismos para que os estudantes persistam ao longo de sua trajetória escolar. As desigualdades na alfabetização contribuem para aumentar as desigualdades educacionais futuras, onde os mais prejudicados são os grupos mais vulneráveis. O Ministério da Educação pontua, ainda, que com uma base de aprendizado comprometida, a criança acaba repetindo de ano, com aumento na distorção idade-série e, consequentemente, isso se reflete nos índices de abandono e evasão escolar.

A alfabetização é um processo que segue ao longo de toda a vida. Contudo, o Ministério da Educação esclarece que existe uma fase em que é necessário garantir o direito a determinadas competências leitoras e operações básicas de matemática para que os estudantes possam desenvolver todo o seu potencial de aprendizagem na trajetória escolar.

A data também promove reflexões sobre a alfabetização de estudantes que não concluíram seus estudos na idade considerada adequada na trajetória escolar, de maneira a garantir que jovens e adultos sejam alfabetizados. Dados do último censo demográfico do IBGE apontam que o Brasil tem mais de 11 milhões de pessoas com 15 anos ou mais não alfabetizadas.