Com a finalidade de promover a valorização da língua de sinais, a identidade e a cultura da comunidade surda, este mês é destinado à campanha Setembro Azul/Surdo Pela Equidade Linguística, que tem o objetivo de fomentar um espaço de discussão para o fortalecimento de programas e ações para trazer visibilidade à comunidade surda, bem como difundir sobre a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras), da Educação Bilíngue de Surdos e dos direitos como pessoas cidadãs surdas.

O Ministério da Educação explica que a escolha do mês de setembro se dá em decorrência de importantes acontecimentos que envolvem a comunidade surda, como o Dia Internacional das Línguas de Sinais, celebrado em 23 de setembro – data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), comemorando a criação da Federação Mundial dos Surdos; e o Dia Nacional do Surdo, em 26 de setembro, instituído pela Lei nº 11.796/2008.

A data coincide, também, com o dia de fundação da primeira escola de surdo, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). Além disso, o Congresso de Milão, que proibiu mundialmente o uso da língua de sinais na educação de surdos, ocorreu de 6 a 11 de setembro de 1880. O motivo do Congresso de Milão ser lembrado até hoje é que representa o pensamento obscurantista da época quanto à educação dos surdos. A decisão tomada nesse evento trouxe um atraso gigantesco quanto ao ensino, aprendizado e divulgação das línguas de sinais, incluindo a Libras.

Já a escolha da cor azul é baseada nas cores oficiais da Federação Mundial de Surdos (World Federation of the Deaf – WFD) e simboliza a contínua luta dos surdos contra a opressão e contra as tentativas de abolir as línguas de sinais.