A Câmara de Viamão sediou nesta quarta-feira (27), um seminário sobre o Setembro Amarelo. A campanha de conscientização, que acontece no mundo inteiro, serve para alertar e combater o suicídio. Desde 2015, locais públicos e particulares são iluminados com a cor amarela. A proposta foi do Coletivo de Mulheres e contou com a participação dos vereadores Guto Lopes – PSOL, Nadim Harfouche – PP, Evandro Rodrigues – PSDB, e Adão Pretto Filho – PT.
“Hoje nós estamos promovendo o primeiro seminário de combate e prevenção ao suicídio, que mata 32 pessoas por dia no Brasil, quase um milhão de pessoas por ano. É um problema grave e uma questão de saúde pública. Discutir isso aqui na Câmara amplia para que nossa cidade possa entrar nessa luta, que é o combate e a prevenção ao suicídio, principalmente com os jovens que são os mais atingidos por esse problema silencioso”, disse o vereador Guto Lopes – PSOL.
“Esse problema muitas vezes não é discutido por vergonha. As pessoas não querem enfrentar esse mal. Mas, nós trouxemos para esta Casa este assunto e buscamos conscientizar as pessoas. O suicídio mata mais que a AIDS no nosso país e mais do que alguns tipos de câncer. É um problema que nós temos que discutir com a sociedade. Outro fator importante para o trabalhador rural, do campo, é a questão do agrotóxico. Está comprovado cientificamente que o agrotóxico contribui muito para doenças psicológicas, que levam pessoas ao suicídio”, completa o vereador Adão Pretto – PT.
Alguns destaques do Setembro Amarelo nesses anos foram a iluminação de monumentos como Cristo Redentor no Rio de Janeiro/RJ, o Congresso Nacional e a ponte Juscelino Kubitschek em Brasília/DF, o estádio Beira Rio em Porto Alegre/RS, a Catedral e o Paço Municipal de Fortaleza/CE, Ponte Anita Garibaldi em Laguna/SC, e o Palácio Campo das Princesas em Recife/PE.
Também foram feitas ações de rua, como caminhadas, passeios ciclísticos, passeios de motos e abordagens em locais públicos em várias cidade do Brasil. O vereador Nadim Harfouche – PP, narrou uma história sobre suicídio que emocionou os participantes.
O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) há duas ou três décadas eram rodeadas de tabus e viam o número de suas vítimas aumentando a olhos nus. Foi necessário o esforço coletivo, liderado por pessoas corajosas e organizações engajadas, para quebrar esses tabus, falando sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção para reverter esse cenário.
Um problema de saúde pública que vive atualmente a situação do tabu e do aumento de suas vítimas é o suicídio. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.
A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, nove em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta.