O lançamento da biografia “Gildo de Freitas – O Rei dos Trovadores” (editora Plus), de autoria do jornalista Juarez Fonseca, aconteceu na tarde desta quarta-feira (19), no plenário Tapir Rocha, na Câmara Municipal de Viamão – CMV. O evento é uma das atividades para comemorar o centenário do nascimento de Gildo de Freitas, que acontece hoje, 19 de junho.
Os vereadores Guto Lopes – PSOL, Adão Pretto Filho – PT e Rodrigo Pox – PDT são os proponentes do lançamento festivo, que reuniu artistas de Viamão, fãs de Gildo e a comunidade viamonense. Também compareceram os vereadores Edi Bagé – PSDB, Armando Azambuja – PT, Maria Rita Cardozo – PSDB e Canelinha – PSDB.
A obra é uma ampliação de obra lançada em 1985 – “Esses Gaúchos – uma coleção de biografias de grandes nomes da história do Rio Grande do Sul. “Pela passagem do centenário do Gildo de Freitas, reescrevemos aquele texto, acrescentando vários novas informações. Há uma reprodução da primeira grande reportagem feita com o Gildo, em 1982, portanto três anos antes daquele livro. Agregamos mais fotografias e 40 letras das 170 músicas que ele gravou. Também há uma parte sobre a trova nos dias atuais, que fiz com informações da Associação dos Trovadores Luiz Muller, que realiza festivais por todo o Estado, sendo que uma das modalidades é a trova Gildo de Freitas”, fala Juarez Fonseca.
O jornalista destaca que pesquisou artistas do Rio Grande do Sul, cuja obra tem forte influência de Gildo de Freitas. “Há um depoimento de João de Almeida Neto que foi o primeiro artista do nativismo que cantou uma música de Gildo de Freitas (Definição do Grito). É importante lembrar, também, Ernesto Fagundes, músico nativista, que não tinha o estilo musical do Gildo, marcado pela trova, mas que gravou um disco inteiro com músicas do trovador. Dos nove discos que o Ernesto Fagundes gravou, o do Gildo é o mais vendido de todos”.
Juarez Fonseca afirma que Dona Carminha, viúva do artista homenageado, foi fundamental para a elaboração da obra. De acordo com o jornalista, toda a narrativa e história do trovador é contada por ela, com o texto enriquecido por depoimentos de pessoas que conheceram Gildo de Freitas, como Antônio Fagundes, Paixão Cortes, Ayrton dos Anjos (produtor de quase todos os discos do artista) e Luiz Menezes, um dos apresentadores de programa de rádio de música regional do Rio Grande do Sul, apresentado nos anos 1950 e 1960, onde Gildo teve a sua consagração.
Segundo o ex-secretário de cultura de Porto Alegre, Vitor Ortiz, Gildo de Freitas representa muito da cultura viamonense, que valoriza a cultura gaúcha. “Este livro é um precioso trabalho de registro de informações para quem não teve a oportunidade de conhecer Gildo de Freitas. Recomendo a todos a leitura desta obra. O Juarez Fonseca é um crítico de música, estudioso e pesquisador, alguém que conhece muito e que fez um trabalho primoroso nesta publicação”, diz Ortiz.