A esclerose múltipla é uma das doenças mais comuns do sistema nervoso central, afetando o cérebro e a medula espinhal, sendo um transtorno neurológico, crônico e autoimune, em que as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando danos à mielina – material gorduroso que isola os nervos, afetando a maneira como os impulsos elétricos são enviados de e para o cérebro. A fim de conscientizar a população sobre a esclerose múltipla, foi criada, em 2014, a campanha Agosto Laranja, pois apesar de a enfermidade não ter cura, o diagnóstico precoce pode diminuir as chances de progressão da doença.
De acordo com o Ministério da Saúde, a maior parte das pessoas que recebe o diagnóstico tem idades entre 20 e 40 anos, com ocorrência duas a três vezes maior em mulheres do que em homens. Conforme a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz, os principais sintomas da enfermidade são fraqueza dos membros e dificuldade para caminhar, perda da visão em um ou nos dois olhos, visão dupla, parestesias (dormências e formigamentos), desequilíbrio e falta de coordenação motora, tonturas e zumbidos, tremores, dores, fadiga e alterações no controle da urina e fezes.
O Ministério da Saúde esclarece que os tratamentos medicamentosos disponíveis para esclerose múltipla buscam reduzir a atividade inflamatória e as crises ao longo dos anos. De maneira conjunta ao tratamento medicamentoso, a neurorreabilitação é fundamental para reduzir os sintomas, assim como as terapias complementares e de apoio, que promovem aos pacientes melhoria física e emocional. Não há cura, porém os tratamentos disponíveis podem modificar o curso da doença.