Na noite da última segunda-feira (24), o município de Viamão foi palco de mais um caso hediondo de feminicídio. Uma mulher foi morta a pauladas pelo seu respectivo companheiro, na Rua Tarso Dutra, bairro Santa Isabel. Segundo a Polícia Civil, a vítima já havia pedido ajuda devido ao comportamento do companheiro. O caso será investigado como feminicídio pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Viamão.
Na sessão plenária de terça-feira (26), os parlamentares manifestaram repúdio e preocupação com o quadro atual de violência para com as mulheres na cidade de Viamão. Enquanto membros da Comissão da Mulher e Procuradoria Especial da Mulher na Casa Legislativa, as vereadoras Eda Regina – PDT, Denise Guedes – PSDB e Fátima Maria – PT realizaram ampla discussão a respeito do caso.
“Muitas vezes a violência está ao lado da nossa casa, na frente dos nossos olhos, onde trabalhamos. Nós não podemos mais permitir este tipo de atitude que acontece com as mulheres”, apontou a vereadora Eda Regina.
A vereadora Denise Guedes enfatizou a importância da sociedade cessar o seu voto de silêncio em relação à violência contra as mulheres. “Pela manhã, saímos a campo com esta triste notícia, enquanto Comissão da Mulher e Procuradoria, procurando auxiliar como possível esta família. Nós ainda temos o pensamento arcaico e machista de que, se identificamos uma mulher sofrendo agressão, não devemos intervir. Hoje, no Brasil, uma mulher morre a cada seis horas!”, disse.
A vereadora Fátima Maria chamou a atenção para a palpabilidade das políticas públicas no enfrentamento da violência contra a mulher. “Este episódio fornece vários elementos para que possamos pensar na efetividade das políticas públicas existentes para enfrentar a violência contra a mulher no Estado e no país. Acreditamos que muito já avançamos, mas ainda há muito o que avaliar e somar”, enfatizou.
Por fim, o presidente da Casa Legislativa, vereador André Gutierres – Progressistas, salientou a urgência de maior celeridade e intransigência nos processos jurídicos e burocráticos que permeiam as questões da violência contra as mulheres no Brasil.