Fotos: Fernanda Souza

Na sessão ordinária da última quinta-feira (05), o prefeito Rafael Bortoletti – PSDB e a secretária de Saúde, Michele Galvão, estiveram presentes no plenário Tapir Rocha para falar sobre a situação da saúde no município, esclarecendo as atuais dificuldades enfrentadas pelo Hospital Viamão.

O prefeito pontuou que, desde janeiro, recebe muitas reclamações sobre a situação do Hospital por parte dos funcionários da instituição e da população em geral. Bortoletti destacou que criou, em fevereiro, um cargo destinado à fiscalização da saúde no local. “Recebi, desde então, uma série de relatórios, fatos e imagens do que estava acontecendo no Hospital. No dia 24 de março, junto à secretária, determinei a abertura do novo processo licitatório para uma nova empresa administrar o Hospital de Viamão. Fui a Brasília, reunido com os demais prefeitos da região metropolitana e o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a fim de buscar recursos para nossa cidade. Fui cinco vezes, junto à secretária, na Secretaria de Saúde do Estado, pois entendo que o Programa Assistir não entrega para a região metropolitana o que se espera”, explicou.

Bortoletti também enfatizou que assumiu a Prefeitura com R$ 750 mil de repasses atrasados para a Maternidade do Hospital, esclarecendo que, no primeiro mês, efetuou o pagamento. “Até hoje mantenho os repasses rigorosamente em dia, totalizando RS 1,25 milhão para o Hospital Viamão”, completou.

A secretária de Saúde de Viamão, Michele Galvão, também manifestou-se na sessão plenária e afirmou que, já em março de 2024, iniciou um processo de busca de recursos em favor do Hospital. “Iniciamos já naquele momento uma mediação junto ao Ministério Público para não deixar o Hospital fechar, pois já estávamos sem Maternidade e sem Traumatologia. Feita a compra do Hospital, foi feito um processo de contratação emergencial, e a empresa que teve a maior colocação foi o Instituto Maria Schmitt  – IMAS”, disse.

Foto: Davi Ferreira

A secretária reiterou que busca outras medidas que possam ampliar o recebimento de recursos por parte do município. “Vamos ver que outras medidas podem ser tomadas para ampliar o financiamento e conversar de novo com o Ministro Padilha a fim de solicitar uma ampliação do recurso federal. Estamos em um momento de transição, elaborando um plano de contingência, contemplando o diálogo com os médicos de todas as áreas para ver o que tem risco de paralisação, além do diálogo com o Estado”, falou.

Sobre os recursos implementados, o prefeito destacou que o mínimo previsto pela Constituição Federal em investimentos na Saúde é de 15%. “Nós estamos investindo 36% dos recursos do orçamento do município de Viamão na área da Saúde. Somados aos 25% constitucionais da Educação, temos 60% do orçamento gasto com Saúde e Educação”, pontuou. Além disso, Bortoletti disse que na última quarta-feira (04), foram enviados R$ 300 mil em medicamentos e insumos para o Hospital Viamão a partir das dificuldades verificadas na instituição.

Ao finalizar sua explanação, o prefeito lembrou a crise da dengue na cidade, causada pelas dificuldades de recolhimento de lixo que antecederam o problema. “Em uma semana, tínhamos um Hospital de Campanha instalado ao lado da UPA. Fizemos diversos investimentos. Só naquele Hospital, foram investidos mais de R$ 500 mil. Com tudo isso, vencemos o problema da dengue na cidade, não estando mais no estado de emergência pela doença. Seguiremos na luta por melhorias também para o nosso Hospital Viamão”, concluiu.