Foi aprovado, na sessão plenária de ontem, quinta-feira (17), na Câmara Municipal de Viamão, o requerimento 73/2021, de autoria do vereador Alex Boscaini – PT, que solicita Moção de Apoio à reposição das perdas salariais dos trabalhadores e trabalhadoras da rede estadual de educação.
Os profissionais buscam reposição dos salários que não acontece desde 2014, segundo o conteúdo da proposição. O que se agravou pelas mudanças nos planos de carreira.
“Por mais de 60 meses, os profissionais da educação receberam salários atrasados e parcelados, desprovidos do direito de conhecer o dia do pagamento dos próprios salários”, salientou o vereador.
O parlamentar apresenta dados para embasar o teor da moção, que diz que segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, a inflação acumulada entre novembro de 2014 e março de 2021 chega a 44,18%, o que levou a perda de poder aquisitivo dos professores e funcionários, comenta vereador Alex.
Outra reivindicação dos trabalhadores é que com a aprovação de Reformar Previdenciárias no país e no estado, os aposentados que possuem os menores salários da folha de servidores passaram a pagar altas contribuições. O auxílio-refeição também é outro ponto exposto, que segundo o documento expõe que se encontra defasado, no valor de R$ 10,11.
Alex Boscaini aponta que mesmo com defasagem nos benefícios, os professores honraram as horas-aula perdidas pela greve.
“Mesmo após travar uma dura greve para defender seus direitos e carreiras, os educadores gaúchos cumpriram seus compromissos com os mais de 800 mil alunos que dependem da escola pública estadual, recuperando as aulas devidas e concluindo o ano letivo” diz o vereador.
Boscaini aponta que a área da educação, bem como os professores e professoras, precisam receber o apoio do Estado.
“A categoria está trabalhando desde o início da pandemia, tanto nas aulas presenciais e, quando no ensino remoto, utilizando equipamentos pessoais e pagando internet e luz com os próprios recursos para não deixar os estudantes desassistidos. E para finalizar, saliento que a educação não pode ser considerada essencial apenas para forçar a abertura de escolas em meio a mais grave pandemia em mais de 100 anos”, concluiu.