O Movimento Negro Unificado – MNU recebeu, na sessão plenária desta terça-feira (22), no Plenário Tapir Rocha, diploma de parabenização por seus 43 anos de história e a luta contra o racismo no nosso país. A homenagem foi uma iniciativa da vereadora Fátima Maria – PT.
O Movimento Negro Unificado – MNU surgiu em 7 de julho de 1978 para combater as opressões que a população negra vinha sofrendo desde o primeiro golpe militar em 1937, quando a Frente Negra Brasileira – FNB foi desarticulada e, após o golpe de 1964, a luta dessas pessoas se fragilizou frente às opressões dos militares. O MNU vem desde então lutando contra o racismo no Brasil. O movimento foi representado por mulheres e homens, que durante a ditadura, apresentaram perspectivas antirracistas para novos movimentos sociais que estavam surgindo no período.
O movimento negro foi a junção de jornalistas, artistas, estudantes, esportistas e trabalhadores negros em geral. Desde a sua criação, o movimento desdobrou-se nos meses que seguiram, realizando congressos e encontros nacionais, retomando a discussão de um projeto para o povo negro brasileiro.
A homenagem foi entregue ao Comissário de Polícia Luis Felipe Teixeira, que é coordenador do Movimento Negro Unificado e estava presente também a policial civil, Maria José Diniz.
O coordenador do MNU, Luis Felipe, falou sobre o diploma de parabenização.
“Gostaria de agradecer aos vereadores e vereadoras pela homenagem. Muitas atrocidades marcaram e marcam a história do povo negro no Brasil. Essa luta não é individual, ela é uma luta de brancos e negros. O combate ao racismo é uma luta de todos. Os dados subestimados mostram que o racismo é latente em nossa sociedade, vivemos num país duplamente racista, país sem acesso a educação, sem assistências básicas. Precisamos unir forças e reconhecer que existe racismo no Brasil”, diz o coordenador do MNU.
A vereadora Fátima Maria fala respeito da importância do MNU.
“O dia 7 de julho não foi um dia qualquer, na contagem do calendário ele pode estar longe, mas no tempo histórico é marcado pela ação de sujeitos coletivos ele permanece como referência próxima, afinal, a situação do negro nos dias de hoje ainda lembra o quadro descrito pelos ativistas negros que vieram longe”,